Foto: Wellington Macedo
Ao invés de ir para a cadeia, o
infrator dependente químico é tratado. É esse o principio da Justiça Terapêutica,
que é aplicada no Brasil e em outros países como medida alternativa ao sistema
penal para dependentes químicos e/ou infratores de pequenos crimes.
“É importante a discussão sobre o tema pra conscientização
da população, mas sobretudo das autoridades, para entender a importância da
medida”, ressalta Odilon.
O juiz explica que hoje, entre os magistrados, é quase unânime o
entendimento sobre a importância da Justiça Alternativa, mas é preciso
sistematizar o seu uso em todo o país, por meio de leis que estabeleçam a
aplicação de forma mais clara.
“Em muitas sentenças ela já é aplicada, mas o que se quer é
sistematizar isso no Brasil inteiro. É interessante que haja uma lei mais
clara, até em relação a internação compulsória”, frisa.
O princípio da Justiça Terapêutica é substituir a punição atrás
das grades de pequenos infratores viciados pelo tratamento, seja com o
consentimento do infrator ou não. Com o objetivo de tratar, a punição
passa a ser uma preocupação secundária, já que o importante é “curar a origem
do mal” e não só os seus sintomas - infrações.
Essa medida curativa se enquadra tanto para o vício em drogas
ilícitas (cocaína, pasta-base, maconha...) quanto para as substâncias
consideradas legais, como o álcool.
“Por exemplo, aquele marido que toda vez que bebe bate na
família. A Justiça Terapêutica não vai se preocupar tanto com o sintoma
daquilo, com o efeito (a agressão), mas principalmente em curar a causa daquele
espancamento, que é a cachaça”, explica.
Fonte:
www.campograndenews.com.br
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